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SERÁ O FIM DA ROLHA?

Muitos ainda têm preconceito. Quem nunca olhou torto ou desconfiado para elas? Mas não tem jeito, cada vez mais os vinhos fechados por screw cap, os famosos vinhos de rosca, estão substituindo a antiga rolha de cortiça.

No Brasil esta mudança ainda é lenta. Por conta do preconceito, muitos vinhos são enrolhados apenas para atender ao nosso mercado, sendo em seus países de origem vendidos com rosca. Sim, até no mundo do vinho, nós brasileiros estamos entre os mais preconceituosos.

O que aconteceu com a rolha? Bem, para começar, os principais produtores de cortiças estão localizados apenas na Europa Ibérica e no norte da África. Longe de muitos países produtores de vinho.

O custo de uma rolha 100% cortiça, e de boa qualidade, gira em torno de US$1,00 nos países produtores. Imagine quanto ela custará em um país como Chile ou Austrália, quase do outro lado do mundo. Além disso, o preço comercial médio de um vinho vendido internacionalmente gira em torno dos US$10,00 (sim, vinhos que no Brasil custam atualmente bem mais do de R$100,00). O custo da rolha é então superior a 10% do custo total de produção. Talvez os 10% ainda podem ser considerados razoáveis, mas o preço da cortiça está em crescimento. Os sabugueiros são limitados, árvore da qual se extrai a casca (a cortiça). Para complicar ainda mais, o sabugueiro demora 10 anos para refazer sua casca.

Prevendo a escassez e o aumento do custo da rolha o mundo se mexeu em busca de uma alternativa. Apareceram as rolhas de plástico, as rolhas feitas com pedaços de cortiça, as rolhas sintéticas de borracha, etc. Nenhuma era boa quando comparada à cortiça para guardar e envelhecer os vinhos, até chegarmos a screw cap.

E ela chegou. E ela é ótima. E começamos a caminhar para um possível fim dos vinhos tradicionais fechados com cortiça.

A produção atual da Austrália e a Nova Zelândia é de 100% dos vinhos fechados por screw cap, até os famosos vinhos da Penfolds, que no Brasil chegam a custar R$3.000,00, são todos sem rolha. EUA, África do Sul e o Chile já tem quase toda produção feita desta forma, mantendo o Chile alguns vinhos com rolha por conta do mercado brasileiro. E por último, a Europa está se convertendo, cada vez mais e mais vinhos do chamado velho mundo deixam de ter a rolha de cortiça.

A ciência chega para revolucionar o mundo dos vinhos, como já fez em tantas outras áreas. Não precisa ter medo ou preconceito, todos os estudos nas grandes universidades do mundo comprovam a eficácia da screw cap. Ela tem se provado tão boa, se não melhor, do que a rolha. Contudo, esta humilde colunista sentirá muita falta do ritual mágico e nostálgico de se abrir uma garrafa de vinho à mesa com rolha de cortiça e escutar o barulho da rolha ao se desprender da garrafa.

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